domingo, 29 de setembro de 2013

AWT#44: Harbour of peace (Dar Es Salaam - Tanzânia)

Fundada pelo sultão Majid bin Said of Zanzibar em 1865, Dar Es Salaam é hoje a maior e mais rica cidade da Tanzânia. Apesar da capital ser Dodoma, esta cidade sempre ocupou um lugar de destaque. Prova disso é a relevância que tinha após os ingleses conquistarem a "German East Africa Company" na Primeira Guerra Mundial. A partir dessa altura, o território passou a ser designado de Tanganyika. Em 1964, Tanganyika e o arquipélago de Zanzibar fundiram-se originando a Tanzânia.

AWT#43: Cada sítio é um filão

"Basta andar por aí. Não ter pressa, estar sentado numa casa de chá a observar quem passa, pôr-se a um canto do mercado, ir cortar o cabelo, e depois seguir o fio da meada que pode começar numa palavra, num encontro, no amigo do amigo de uma pessoa com quem acabámos de nos encontrar, e o lugar mais insípido, mais insignificante do planeta, transforma-se num espelho do mundo, numa janela aberta para a vida, num teatro da humanidade diante do qual poderíamos deter-nos sem necessidade de ir a mais sítio nenhum. O filão está exactamente onde nós estamos. Basta cavar", Tiziano Terzani in A storyteller told me


Espreitem o "filão nigeriano" que a minha cara metade anda "a cavar": www.alguresnomundo.wordpress.com Tenho a certeza que vão gostar e aprender!

AWT#42: Livingstonia

Segundo a versão da igreja presbiteriana escocesa que aqui fundou uma missão, os portugueses vinham buscar mão-de-obra gratuita a estas paragens levando-os para Moçambique. Com ou sem motivação comercial, a verdade é que Sir Robert Laws fez um trabalho notável em prol dos direitos humanos e desenvolvimento da comunidade local que viria a prestigiar o explorador e missionário escocês, David Livingstone, através do seu nome.

Os cerca de 25kms de hiking foram um bom treino para o Kilimanjaro!




AWT#41: Um gin também carrega história!

Vivemos tempos de convergência: o oriente quer-se ocidentalizar, as empresas fundem-se formando mega aglomerados, os africanos copiam os europeus naquilo que podem... Mas não será este sinal dos tempos sinónimo de perda daquilo que mais temos de precioso que é a nossa identidade, a nossa história? Já o Somerset Maugham comentava no seu "Gentleman in the Parlour".

Em "ambiente taberneiro", descobri que, aqui no Malawi, ainda existem algumas marcas de bebidas locais. Vejamos até quando durarão sem serem compradas pelas ABInbev, DIAGEO ou the Coca Cola Company! Destaque especial para o primeiro rótulo do lado esquerdo.


AWT#40: Kande Beach

O cenário de Kande Beach poderia ser encontrado em qualquer praia do Nordeste brasileiro, mas na versão água doce. A infra estrutura de atividade náuticas é ótima e hoje, após mais de 40 dias sem fazer desporto, houve beachvolley, cayak, natação e stand up paddle! Para terminar, disputámos um Africa vs ROW (Rest Of the World) no desporto rei.

Para a soirée, o Bombastik havia organizado uma punch party com adereços saídos, muito provavelmente, de um cabaret das redondezas. As fotos foram censuradas pela redação ;)

AWT#39: Nyasaland (Malawi)

Apesar do português Gonçalo Bocarro ter sido, supostamente o primeiro europeu a pisar esta terra no século XVI, foi a chegada acidental do explorador inglês David Livingstone que viria a ser determinante para o País. Parece que este "gringo" ao tentar subir o rio Zambezi, foi barrado por Cabora Bassa e decidiu subir um afluente que o levaria ao Lago Nyasa (3o maior africano) que banha a maioria deste país.

Considerado colónia britânica, Nyasaland (hoje Malawi) integrou a Commonwealth em 1964 tendo declarado a sua independência dois anos mais tarde. Em 2005, segundo o relatório do FMI o Malawi era o país mais pobre do mundo sabendo que hoje em dia o PIB per capita ronda os 750USD. A agricultura e o turismo são os dois pilares da economia. 

AWT#38: Compre um Safari e ganhe um curso de inglês intensivo

Este tipo de viagem pode ser uma roleta russa no que respeita ao grupo que nos acompanha mas, como dizem os brasileiros, "dei sorte". Desde o líder, guia e dotado cozinheiro - Mr. Bombastik - até ao motorista - Kule Kule - passando pelo grupo - Sarah (dutch), Sneide (irish), Hannah (kiwi), Melanie e Tom (british), e Gordon, Andrew, Brett, Ry e Melanie (aussies) são todos "boa onda".

Outra das vantagens de viajar, durante 21 dias, com "english native speakers" é que não há como não melhorar o inglês! É como o champô: 2 em 1!

domingo, 22 de setembro de 2013

AWT#37: Viagem no tempo

Pesca com redes, agricultura de subsistência, cabanas de barro e palhinha... No início estas seriam algumas das características dos primeiros aglomerados de pessoas ou comunidades. Hoje visitei uma assim e confesso que foi uma viagem no tempo...sem precisar de nenhum portal de teletransporte.

A simplicidade do seu dia-a-dia e das suas necessidades é, no mínimo, impressionante e comovente. Plantam ou semeiam milho, couves, tomates, mangas e outros legumes/frutos. A unidade de cuidados médicos mais próxima fica a 5kms e o último grande evento foi terem recebido um moinho mecânico para fazerem farinha, que até então era moída com força humana.



Mais um daqueles sorrisos que nos desarmam por completo...

AWT#36: Volta ao mundo... em fotografias!

O rio Kafue ocupa um papel de destaque na Zâmbia. Além de abastecer a capital, Lusaka, é fonte de sustento para muitas comunidades ribeirinhas. A bordo do "Kafue Queen" navegamos rio acima até ao local do nosso acampamento. Na viagem, um dos garotos da foto (canto superior esquerdo) abordou-me pedindo uma revista...uma simples e mísera revista!
Pensei para mim mesmo de que, afinal, nada lhe serviria a minha Nikon, o meu iPhone, o meu iPad ou qualquer outro gadget pois na comunidade dele nem sequer há eletricidade para carregá-los...

A revista para ele, presumo eu, é uma janela para o mundo. Ou melhor, para outro mundo, no qual ele não vive uma vez que está confinado às margens e extensão do rio Kafue. Senti-me pequenino e na obrigação de o fazer viajar. Liguei a minha máquina e mostrei-lhe as fotos dos últimos meses: Rio de Janeiro, Paris, Lausanne e Lagoa de Óbidos, locais que, muito provavel e infelizmente vai apenas ver do ecrã da minha Nikon.


AWT#35: Dar sem esperar nada em troca

Voltei a Livingstone para tentar vender o voucher que me deram na empresa de autocarros. Após alguns dias de tentativas frustadas, apesar da comissão de 20% que oferecia, acreditava que hoje conseguiria! 

No hostel voltei a encontrar a Vikki, chinesa, a quem tinha oferecido uma série de comida para café da manhã quando fiz o check-out do hostel. À conversa percebi que rumaria a Windhoek... De autocarro! Acabou por me comprar o voucher pelo preço total: 40 bucks! Equivalente ao custo das bebidas que comprei ontem para festejar com o hostel inteiro.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

AWT#34: Victoria Falls Bungee

Já há muito que queria fazer um "checked" neste item da minha bucket list mas num lugar emblemático como este tem ainda mais gozo! Como o seguro de viagem cobre 2 saltos (whatever that means!) saltei... descansado!



Ontem foi um dia muito especial. Ao cabo de muita dedicação, conversas, exercícios, essays e muita papelada recebi o reconhecimento do INSEAD. 

Sem me dar conta, criei expectativas demasiadamente altas em relação ao MBA e acabei por sofrer com isso. Ao longo de todo o processo, além do permanente carinho de toda a Família, houve duas pessoas que foram decisivas: o Nuno, com um positivismo e espírito de ajuda constantes, e a Maria, que além de toda a colaboração me faz sonhar ainda mais todos os dias. Bem hajam!


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

AWT#33: Orgulhosamente (in)dependentes!

Hoje é dia de escritório! Decidi dedicar-me à leitura de uns guias africanos após a partida dos meus companheiros de viagem dos últimos dias: o Sven e Leo, estudantes de medicina a fazerem intercâmbio, a Marisa e o Luca, casal luso-italiano nascido na Suíça que decidiu vender tudo e viajar pelo mundo e o Kyle, um americano a trabalhar na Suazilândia em consultoria de gestão em empresas agrícolas.  

Tenho encontrado inúmeros estudantes alemães de medicina a fazerem intercâmbio por estes lados. Hoje mesmo conheci mais dois, o Tobias e o Felix, que me passaram um panorama real do funcionamento dos hospitais por estes lados. Com um mês de África já percebi que a dependência crónica de ajuda externa é um cancro deste continente... Na Zâmbia, à semelhança de São Tomé e Príncipe, fico com ideia que a independência, que orgulhosamente conquistaram, trouxe-lhes uma bandeira... Mas não será começar a casa pelo telhado?
Algumas fotos da minha "casa" esta semana ;)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

AWT#32: Devil's pool

São uma das sete maravilhas do mundo. Ao longe são imponentes e junto à queda de água, na "Devil's pool" são, no mínimo, assustadoras: welcome to the Victoria Falls. Têm cerca de 1.700 metros de largura e cerca de 100 de altura, contabilizando 750 milhões de litros por minuto em meses chuvosos.


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

AWT#31: Rafting no Zambezi

Lembro-me de ter feito no Rio Paiva há muitos anos atrás e também num acampamento de escuteiros nos Picos da Europa. Dizem os universitários que o Zambezi oferece dos melhores rápidos do mundo para fazer rafting. Virámos o raft cerca de 6 vezes mas o ponto forte das emoções foi mesmo quando passámos a 3 metros de um crocodilo.

domingo, 15 de setembro de 2013

AWT#30: Perspectiva americana do Mundo = USA + ROW

Lily é americana e trabalha na Microsoft. Numa das caminhadas perguntava-lhe:
-So, where do you live?
-I've lived in some many places... - respondeu ela. Pensei para mim: boa! Uma americana viajada!
-Interesting! Where in?
-West Coast, east Coast, North, South...
Moral, da estória: os USA são definitivamente o centro do mundo... Para os americanos! ;)

E o que dizer das tarifas de roaming na Zâmbia? Uma pechincha...


sábado, 14 de setembro de 2013

AWT#29: Livingstone (Zâmbia)

Para chegar a Livingstone percorri um estreito de terra curioso (região Caprivi) que marca a geometria do território da Namíbia. Em Maio de 1884, Portugal propôs uma conferência internacional para tratar dos vários conflitos entre potências colonizadoras e os ingleses cederam esta região aos alemães. As Victoria Falls, situadas perto de Livingstone são assim ponto de convergência de 4 países: Namíbia, Zimbabwe, Zâmbia e Malawi.

Apesar de ter taxas de crescimento de 7% (2010) a Zâmbia é um dos países mais pobres do mundo. Com uma economia centrada na mineração do cobre e cobalto, este país é um dos mais endividados à escala mundial: USD500 per capita enquanto dois terços da população vivem com menos de USD1 por dia!

Chegado ao JollyBoys hostel, que por sinal tem uma Infraestrutura fantástica, e enquanto conversava com uns alemães e um reggae man do Zimbabwe, a simpática menina da recepção decidiu oferecer-nos um "african bushman dinner" com danças e comida tradicional. Foi uma experiência incrível! Ah, é verdade, voltei a comer Mopane, aquelas larvas das árvores!!


A foto da praxe com as anfitriãs.

A fogueira central do acampamento com o chef no cenário.

O ritual de boas vindas da copa das árvores.







sexta-feira, 13 de setembro de 2013

AWT#28: Refeição de combate

Passei a manhã a fazer benchmarking de taxas de câmbio para trocar USD . Além do pagamento do safari é a moeda corrente para vistos de entrada nos países. A demora para me passarem o maço com estampas do Lincoln e outros foi tanta que fui forçado a preparar uma "marmita" (como dizem no Brasil) para a viagem de 21 horas até Livingstone, Zâmbia, meu próximo destino.

Cardápio: Frango, feijão verde e umas oreos de côco deliciosas.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

AWT#27: Braai, Barbecue ou... Churrasco

Acho que foi algo que herdámos do Homo Erectus, após este ter descoberto o fogo. Desde então a reunião à volta da fogueira, como espaço de partilha, convívio ou refeição é um ritual obrigatório. Hoje foi dia de "Braai" (como lhe chamam na Africa do Sul) no hostel. E foi bem giro.


Eu acabei por ir jantar com o Stefano e com a Laura ao Joe Beer's House. Nada melhor para assinalar a ultima ceia na capital namibiana que um sortido de animais selvagens!


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

AWT#26: Sorte grande!

Nunca tive grande sorte ao jogo (e felizmente, segundo o ditado ;) e por isso raramente apostei em rifas, totoloto ou outro qualquer sorteio deixado aos desígnios do acaso. Uma das poucas vezes que ganhei alguma coisa foi uma torradeira na festa de Natal do ano passado. O facto de todos os colaboradores receberem um prémio corrobora o que penso.


Hoje, apesar de me terem oferecido uma nota de 10 trilhões de dólares, não acrescento nenhum algarismo à conta bancária. Trata-de uma nota de dólares do Zimbabwe que, face aos desenvolvimentos no país acabou por desvalorizar e hoje vale apenas...papel. E se, as notas de Euro que carregamos ou os zeros da nossa conta bancária "sumissem" de um momento para o outro?!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

AWT#25: Papa léguas

Voltámos a Windhoek, após 14 dias de roadtrip percorrendo 5.150kms de estrada. Ficam memórias de cenários deslumbrantes. Apesar de ser um país outlier no cenário africano é sem dúvida um país a visitar! Obrigado à minha senior advisor!


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

AWT#24: Kolmanskop & Fish River Canyon

Em 1908, um tal de Zacarias descobriu o primeiro diamante e desde então até ao ano de 1954, os alemães extraíram tudo o que conseguiram do sperrgebiet. A prosperidade era tanta que construíram escola, hospital, teatro, ginásio, central elétrica e outros. Consta que a cidade recebeu a primeira maquina de raio-X do hemisfério Sul sem que tenha sido usada para fins medicinais. Era apenas para conter a criatividade dos mineiros que escondiam diamantes nas solas dos sapatos, dentro de rádios avariados ou até na ponta de setas que atiravam com arco! Ficam as edificações cheias de areia para contar a história.



Perto de Keetmanshoop, e da rota para a cidade do cabo fica aquele que é considerado o segundo maior Canyon do mundo, logo a seguir ao terra do "Uncle Sam". Tinha programado fazer o hiking de 5 dias mas apenas será reaberto em 2014.


domingo, 8 de setembro de 2013

AWT#23: "Cape Diaz" and Lüderitz

Quando me sugeriram visitar Cape Diaz em Lüderitz, nunca imaginei que se tratava do padrão dos descobrimentos que Bartolomeu Dias deixou quando passou em 1488. O nosso conterrâneo começou por nomear esta terra de "Angra Pequena" mas a posterior chegada do alemão Adolf Lüderitz com a ideia de estabelecer um entreposto comercial acabou por dar acento germânico à arquitetura e gentes!


Após a descoberta de diamantes, a região teve o seu auge económico em 1922, quando se instalaram 4 pólos de exploração! Hoje em dia, a pesca e o turismo sustentam a economia e o mercado de emprego local.


O farol que veio a facilitar a vida aos percursores do Bartolomeu!

sábado, 7 de setembro de 2013

AWT#22: Deitar cedo e cedo erguer

5:30 Alvorada! Já muitos amigos me viram a bater tachos e panelas para acordá-los, mas hoje foi diferente. O Léo deve ter apanhado alguma febre africana e está "para lá de Bagdad" e o Atsushi programa o despertador para mais cedo que eu! Ou seja, roubaram-me o prazer...

Após o abrir dos portões do Parque, lá seguimos em fila indiana, de noite cerrada, até Sossusvlei (+/- 60 kms do Parque em Sesriem) procurando não atropelar nenhum springbok ou oryx que ainda estivesse a curtir a noite (!). Se por acaso ainda não viram, vale a pena. Espreitem no YouTube o salto de um springbok júnior! É hilariante!

Até onde o nosso Volkwagen Polo conseguiu ir...

At the summit (Sossusvlei).

Os contrastes de tonalidades da areia com os primeiros raios de sol e as sombras.



AWT#21: Bacalhau e pastéis de nata... em Família!

Para o dia-a-dia em Portugal, bacalhau e pastéis de nata são iguarias banais de qualquer cardápio. Quando se anda de mochila às costas, a montar e desmontar (!) a tenda todos os dias e a puxar pela criatividade para tornar comida enlatada deliciosa, a estória é diferente!

O Miguel e a Carla estão emigrados há 6 anos na Namíbia e, sem me conhecerem, receberam-me de portas e braços abertos. Como se a companhia aprazível não fosse sobejamente suficiente, ainda me deliciaram com um bacalhau com natas e pastéis de nata para sobremesa. Apesar de não ser a minha, adorei o jantar de Família. O meu sincero obrigado!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

AWT#20: O salar de Etosha (Etosha pan)

O Parque Etosha foi inaugurado em 1907, mas a região já era muito popular antes disso. A nobreza organizava aqui as suas caçadas nas redondezas e a plebe extraía o sal visando o comércio interno e externo (quase 4.800km2 de salar). À semelhança do Salar do Uyuni, na Bolívia, é algo de se perder de vista.


O alinhamento de segmentos de reta ;)


Hora de happy-hour no São Bento cá do sítio (informaçao técnica para não paulistas: São Bento é um bar bestial para tomar um chope e ver piriguetes - São Paulo).

AWT#19: BIG 5 Part II & III

Alvorada às 6:00! Dizem os experts que é uma das melhores horas para marcar encontro com a bicharada! E tinham razão: deliciei-me a ver uma caçada de 7 leões a uma manada de zebras, digna de qualquer documentário da BBC: a troca de olhares, os avanços e recuos, as ameaças...

Uma das frentes de ataque, com o alvo no horizonte!

Um dos Big 5 mesmo ao lado do carro! Quase tão perto quanto o do jardim zoológico ao qual damos o amendoim! No entanto, acho que o elefante africano tem outras preferências ao nível dos aperitivos.

Nestas viagens nem tudo são rosas e hoje tive um atrito euro-asiático. Mas mais não foi que uma bela lição de gestão de conflitos em ambiente multi-cultural. Para serenar os ânimos, deliciei-me com um pôr do sol de filme, no waterhole do campsite de Halali (waterhole é um lago, charco ou algum ponto de água, natural ou artificial, que visa atrair a bicharada de forma que os  possamos ver). Havia um australiano ao meu lado, que tinha uma lente que parecia uma bazuca do exercito no Afeganistão... but does really size matters?!


Para os leigos, como eu: a designação dos BIG 5, refere-se ao elefante, rinoceronte, leão, leopardo e búfalo. Consta que, dos "game" são dos animais mais difíceis de apanhar! Na "caderneta" fica-me a faltar o leopardo e o búfalo!

AWT#18: ETOSHA Natural Park

Etosha está para a Namíbia, assim como o Kruger está para a África do Sul. Paisagens deslumbrantes povoadas por uma infindável fauna selvagem: elefantes africanos, zebras, oryxs, impalas, kudus, javalis, avestruzes, enfim... Bicharada que nunca mais acaba! Avisaram-nos para conduzir devagar mas confesso que apenas comecei a cumprir quando, à saída de uma curva quase atropelei uma girafa (acho que lhe acertaria um pouco abaixo dos joelhos ;)

Manada de impalas protegidos do sol escaldante do meio dia.

O imponente elefante africano que quase nos passou por cima!

O site de Okaukuejo (dentro do parque), oferecendo uma infra-estrutura fantástica aos lodges e campsite que abriga. Não fossem as coxinhas de frango que compráramos em Opuwo e tinha cedido facilmente ao delicioso cheiro do buffet "à volonté" do jantar.

domingo, 1 de setembro de 2013

AWT#17: Os Himbas...com um guia himba!

Hoje foi dia de lavar roupa...à antiga! Com sabão azul e branco!


Mas o melhor do dia estava reservado para a tarde: visita a uma aldeia de indígenas recoletores. Os Himbas são semi nómadas e pintam-se com uma mistura de ojitze (mateiga gorda) e ocre, para se protegerem do sol e dos insectos. Cada aldeia é composta por um chefe e suas mulheres com quem procria. O chefe desta aldeia tem, atualmente, 7 mulheres e 42 filhos. Todos os diálogos foram traduzidos pelo Western, também ele um ex-Himba (Uarotisa) e hoje empreendendor (proprietário do nosso campsite!


A manutenção permanente dos penteados, que sinaliza a menstruação e o estado civil das mulheres.

A preparação do perfume do corpo e das roupas.



Diálogo na aldeia:
-Quantos filhos tens? - perguntou-me uma delas.
-Nenhum -respondi eu.
-E quantas mulheres? - indagou ela.
-Apenas uma!
Foi nesta altura que ela disse algo em herero (dialecto nativo) que despoltou uma gargalhada geral entre eles.
Explicação do Western:
-She said that a handsome guy like you, with just one woman must have a problem!

AWT#16: Big 5 part I

Hoje dei mais uma aula de condução, em caixa manual, ao Leo (o Atsushi recusa-se a tentar!) mas achei que era suficiente no momento em que ele fez um peão na gravilha e ficou mais excitado que um miúdo de 10 anos ao receber uma pista de carros no Natal.

As "minhas" primeiras zebras!

Elefante do deserto (binóculos?!): é o primeiro espécimen que vejo dos Big 5! 

Street food: Ásia e Europa representados numa mesa africana com comida local. Custo total 3 pessoas: 39 Namibian dolars, 2,9 euros ou 9 reais! Este custo de vida lembra-me São Paulo!